Mas que vontade de escrever! Há tanto tenho escrito coisas obrigatórias que acabo enterrando o prazer de escrever pra mim. Faz quase sete meses desde que postei aqui pela última vez e agora, lendo o blog de uma amiga, me dei conta do quanto me falta escrever. Escrever pra mim.
É engraçado, quando escrevo geralmente não escrevo pensando que alguém vai ler. Escrevo como se falasse comigo, exteriorizando coisas que ainda não são claras, mas que quando escrevo ficam.
Estive pensando em como as pessoas podem ser rasas. Não rasas por pensarem futilidades ou por enxergarem só o amanhã, acho que isso faz parte de todos nós; Rasas por não conseguirem passar desse limite, pessoas presas a um pensamento, a uma vida tão cômoda, que não enxergam mudanças. É tão fácil reconhecer pessoas de pensamentos enlatados, são tão entediantes. São o espelho dos pais, da televisão, dos amigos. Não estou julgando, eu mesma sou um misto de todos esses, mas antes de sê-los, sou eu; Com todas as virtudes, ideologias e preconceitos, com a capacidade de sempre mudar de opinião, mantendo sempre o que eu penso. Não me acho um exemplo e nem consigo conviver com as pessoas muito iguais à mim, mas me canso ainda mais facilmente das pessoas que não conseguem pensar além do que lhes é vendido.
Se preocupar com um guarda roupa incompleto e com o sapato desejado da vitrine faz parte de mim, mas perceber que o mundo não se limita nisso e ver possibilidades que estão além do meu alcance de vista e do meu exterior me completam como pessoa.
É isso, essa é só outra coisa na qual estive pensando..
Laura Bittencourt
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