sábado, 16 de abril de 2011

Auto Flagelo

17/04 - 00:55

    Cá estou eu novamente. É imensamente vergonhoso perceber que só volto para meus textos quando estou prestes a desabar, talvez a tristeza seja minha maior fonte de inspiração... Tudo o que sei é que tem sido períodos difíceis, tudo novo, e nada disso me parece bom. Um semestre atrás eu fazia faculdade, corrigia redações e ficava com meu namorado boa parte de meus dias. Agora trabalho o dia todo (not a great deal), e fico a maior parte do tempo estressada; ainda faço faculdade e ainda namoro, mas nenhuma das duas coisas tem estado no meu domínio como a meio ano atrás.
    É difícil perceber como as coisas podem ser tornar complicadas; a falta de tempo para controlar as coisas que julgo importantes me esmaga em meio a tudo. Eu, cronicamente agoniada e cada vez mais viciada em roer as unhas, tenho estado à beira de um colapso todos os dias. O sofrimento de não ter nenhuma possibilidade imediata de mudar, me fez concordar com o pensamente de uma amiga, de que somos mais fortes do que pensamos. Afinal, se depois de toda esta agonia sem fim eu não morrer, me julgo imortal; se não for o sofrimento que trás a falta de tempo, o causador de minha morte, saberei que sou mais forte e elevada do que jamais pensei que fosse.
    Dramas à parte, tenho percebido que a paciência é a virtude que mais tem me faltado. Vou seguindo à espera que agora novamente, alguma mudança seja dada em mim. Só de uma coisa tenho certeza, depois de todo o estresse dos últimos tempos, quando esta fase acabar vou sair uma pessoa iluminada. Talvez eu saia cantando mantras e odiando menos pessoas que não se questionam. Ou talvez eu só pare de escrever somente coisas furiosas com um lado otimista no fundo. Enfim, em quando não há nada a fazer, vamos seguindo confiando na possibilidade de que um dia, tudo irá melhorar.

 
(Salvador Dali)

Post Scriptum:. Termino com um poema que talvez resuma minha dor e salvação



FALTA DE TEMPO

Existe um único antídoto para a falta de tempo. Um único.
Estar apaixonado.
Esquecer de si para inventar o desejo.
O desejo transforma-se no próprio tempo.
Tudo é adiado.

Fabrício Carpinejar

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